No domingo (08), terceiro dia de protestos em Los Angeles contra as recentes medidas de deportação de imigrantes adotadas pelo governo dos Estados Unidos foi marcado por confrontos intensos entre manifestantes e forças de segurança. As manifestações, que começaram na sexta-feira (06), ganharam força ao longo do fim de semana e culminaram em uma série de embates com a polícia local e a Guarda Nacional no domingo (08). 574414
Os atos tiveram início em frente a um edifício que abriga um centro de detenção de imigrantes no centro da cidade. Manifestantes se reuniram com cartazes e palavras de ordem, como “Fora, ICE” — sigla para o Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos, a agência federal responsável pela execução das políticas de imigração no país. Em resposta, a polícia utilizou gás lacrimogêneo, spray de pimenta e munição não letal para dispersar a multidão.
A situação se agravou quando os manifestantes bloquearam uma das principais vias expressas da cidade. A interdição causou caos no trânsito e elevou a tensão entre os manifestantes e os agentes de segurança. Novos confrontos ocorreram, com registros de detenções e feridos leves, embora até o momento não tenha sido divulgado um número oficial de feridos.
A mobilização ocorre em reação a uma série de operações conduzidas pelo ICE nos últimos dias. Segundo dados do próprio órgão, pelo menos 118 pessoas foram detidas em Los Angeles desde o início das ações, sendo 44 apenas na sexta-feira (06). As operações fazem parte de um esforço intensificado do governo federal para acelerar deportações de imigrantes em situação irregular.
Nas redes sociais, o presidente Donald Trump classificou os protestos como “motins de imigrantes” e acusou os manifestantes de “cercar e atacar” agentes federais. A retórica adotada por Trump reforça o tom combativo do governo em relação à imigração, um tema que tem sido central em sua plataforma política.
Los Angeles, uma das cidades com maior população imigrante dos Estados Unidos, tem sido historicamente um polo de resistência a políticas federais consideradas hostis a estrangeiros. Autoridades locais, incluindo o prefeito, já se manifestaram em ocasiões anteriores contra a cooperação com o ICE, reforçando o status de “cidade-santuário”.
Da Redação do Jornal Panorama
Com as informações da BBC
Foto: Brett Sayles
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